Martin Wolf - A Profecia me Levou ao Mashiach

profecias-messianicasMinha Pergunta

Eu nasci num lar judeu e fui criado nas tradições do meu povo, Israel. O Shabat era fielmente guardado em nossa casa. Às sextas-feiras à noite, ao por do sol, minha mãe acendia as velas de Shabat e meu pai recitava o Kidush. No sábado nós íamos à sinagoga.

Embora, naquela época eu não apreciasse muito ter de ir à sinagoga ou ao Chedar (escola hebraica), quando eu olho para trás, fico muito agradecido pelo treinamento religioso que tive. Por exemplo: eu nunca tive nenhuma dúvida de que o Tanach (Antigo Testamento) fosse verdadeiramente a Palavra do Deus vivo. Minha mãe costumava ler as Escrituras para nós. Quando eu ia aos sábados na sinagoga eu via os homens tocando seus talits nos Rolos quando estes eram carregados por todo o santuário, e então eles beijavam seus xales no lugar onde haviam tocado o Rolo. Ainda muito jovem eu pensava: “As pessoas não demonstram reverência e respeito a um livro de conto de fadas”. Portanto, aprendi tanto em casa quanto na sinagoga, a respeitar e crer na Palavra de Deus.

Eu também aprendi sobre o Mashiach (Messias) e esperava ansiosamente pela Sua vinda. Eu sabia que um dia Ele viria e traria redenção, salvação e paz. Na escola hebraica me ensinaram os “Treze Princípios da Fé”. Dois destes “Princípios” se destacaram mais vividamente: “Eu creio com perfeita fé na vinda do Messias... (e) eu creio com perfeita fé que todas as palavras dos profetas são verdadeiras”.

No entanto, aprender sobre Deus, Sua Palavra e o Messias, fez-me compreender algo que começou a me incomodar. Por meio da Bíblia vi que Deus era santo, justo e reto. Ao mesmo tempo vi a mim mesmo como o verdadeiro oposto. Perguntei-me: “Como poderia ter contato com este grande Deus como tiveram Abraão, Isaque, Jacó e os profetas? O que poderia fazer para que meus pecados fossem perdoados?” Sim, eu sabia que havia pecado (rebelião contra a Lei Santa de Deus) em minha vida e que um dia teria de estar diante d’Ele.

Certamente nós guardávamos as festas judaicas e os feriados santos. Yom Kippur (Dia do Perdão) é a data mais solene no calendário judaico. Ele é passado em jejum e oração pelo perdão dos pecados. É o dia no qual, de acordo com a tradição judaica, Deus escreve no “livro da vida” se a pessoa terá vida ou morte, saúde ou doença, sucesso ou fracasso no próximo ano. Quando as pessoas morriam ou ficavam doentes, eu me perguntava: “Isto significa que Deus não ouviu suas orações ou talvez elas não foram perdoadas?”

Minha Busca

Quando estava se aproximando o Yom Kippur, no ano do meu Bar Mitzvah, eu quis saber com certeza se seria perdoado pelos meus pecados. Dei-me conta de que, se eu me tornasse um “Filho da Lei” (Bar Mitzvah), seria totalmente responsável e teria de responder diante de Deus, pessoalmente, pelos meus pecados. Isto me assustava, assim, o Yom Kippur permanecia em minha mente.

Um pouco antes de eu me tornar um Bar Mitzvah, estava com meus pais na sinagoga no Yom Kippur e vi um homem idoso a duas ou três fileiras à minha frente. Ele usava um longo talit, estava orando a Deus e batendo em seu peito e chorando. Ele estava jejuando, assim como todos estavam, e estava orando pelo perdão de seus pecados. Eu pensei: “Este homem conhece todo o ritual, todas as orações; ele deve saber tudo o que se deve saber sobre perdão. Vou perguntar se ele tem certeza de que seus pecados estão perdoados”.

Esperei até o final do serviço religioso. Quando o sol estava se pondo e estávamos saindo da sinagoga, fui até ele e disse: “Senhor, o senhor conseguiu o perdão para os seus pecados? O Senhor sabe se os seus pecados estão perdoados?”

Ainda posso ver as lágrimas rolando em sua face; ele tinha chorado o dia inteiro. Ele respondeu, olhando para mim: “Filho, eu só posso esperar que sim; eu só posso esperar que sim”.

Pensei comigo mesmo: “Quais são as minhas chances? Eu não conheço todas estas orações e rituais. Não conheço todas as tradições. Se ele não sabe se seus pecados estão perdoados, como eu posso saber?”

Pensando que eu nunca fosse ter as respostas para estas perguntas, eu tentava tirá-las de minha mente. Conforme fui crescendo, percebi que meramente seguir as tradições e passar pelos rituais não satisfazia a necessidade e o desejo do meu coração.

Na faculdade continuei estudando Francês, que havia começado no segundo grau, pois planejava ser um professor. Em frente a um restaurante Clube Francês, encontrei a jovem que mais tarde se tornaria minha esposa. Um ano depois que estávamos casados fomos à França para aperfeiçoar meus estudos.

Quando estávamos na França conversamos sobre a Bíblia e minha esposa me perguntou se já havia lido o Brit Hadasha (Novo Testamento). Eu respondi: “Não”, ela sugeriu que o lêssemos juntos em voz alta. Pensando sobre a sugestão dela, eu argumentei: “Ninguém de minha família saberia ou poderia desaprovar”. Além disso, eu tinha 21 anos de idade e estava a onze mil quilômetros de casa e pensei: “Bem. Por que não?” Então abri o Novo Testamento e vi o primeiro versículo no livro de Mateus, que diz: “Livro da genealogia de Yeshua Mashiach, filho de Davi, filho de Abraão”.

Eu disse: “Espere um pouco. Davi, Abraão – estas pessoas eu conheço. O que este homem cristão, Mateus, sabe sobre estes judeus?” Então eu descobri que esse Mateus era um judeu. O seu sobrenome era Levi.

Li mais um pouco: “Ora, tudo isto aconteceu, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta.” Profeta? Que profeta? Eu havia aprendido sobre os profetas do Antigo Testamento. Então, pela primeira vez em minha vida eu fui ler o Antigo Testamento. Mas, eu fui com uma atitude defensiva. Meu propósito em ler os profetas era provar que Mateus não sabia nada sobre o Antigo Testamento.

Minha Observação

Aos poucos comecei, por mim mesmo, a compreender as profecias a cerca do Messias, Isaías 7:14: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará, Emanuel”. Isaías 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Então eu li em Miquéias: “E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (5:2). Isto é, Yeshua HaMashiach .

Como um judeu, eu tinha que ser honesto comigo mesmo. Eu não podia dizer: “Bem, porque a tradição diz que eu não posso crer nestas profecias, eu não vou crer”. Eu tive que acreditar nelas porque na Escola Hebraica eu tinha aprendido os Treze Princípios da Fé. “Se meus próprios profetas estão me contando sobre Yeshua, o Messias”, argumentei, “por que eu não poderia crer neles?”

Eu havia sido criado com a esperança da vinda do Messias. No entanto, ninguém havia se preocupado em me contar que o Tanach – o Antigo Testamento – falava em detalhes sobre Ele. Encontrei em Isaías 53 (que não é lido nas sinagogas) estas palavras: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades... e pelas Suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos” (versos 5-6).

Foi tremendo e com medo que eu tomei em consideração crer no Messias Yeshua, porque era algo que eu nunca havia pensado que pudesse acontecer com Martin Wolf, nunca em um milhão de anos. “Como posso saber com certeza?” Perguntei à minha esposa.

“Bem, ore” ela disse.

“Sou um bom judeu, eu tenho orado” disse-lhe.

“Você tem que orar em Nome do Senhor Yeshua” foi sua surpreendente resposta.

Orei no Nome d’Aquela Pessoa? Mas eu queria ter certeza, então decidi perguntar a Deus.

Realmente não me lembro mais das palavras, mas, uma noite quando estava deitado na cama, acordado, olhei para o teto e disse a Deus que se Yeshua era realmente o Messias e podia perdoar meus pecados, eu O aceitaria. Orei: “Se tudo isto for verdade, eu peço isto em nome de Yeshua”.

Meu Encontro

Serei honesto com você. Pensei que o teto fosse desabar, de tão diferente que foi esta oração de qualquer uma que já tivesse orado antes. Ninguém poderia imaginar o que estava se passando dentro de mim. Mas o teto não desabou. Nenhuma luz acendeu, nenhum sino tocou. No entanto, dentro do meu coração veio uma tal paz que eu soube que a oração que eu havia feito estava certa. Sabia que havia encontrado o Messias e tinha passado da morte para a vida. Eu tive o perdão dos meus pecados, não por causa de qualquer coisa que havia feito, nem porque eu o merecia, mas por causa do que Ele havia feito por mim. Fui a Ele com minhas cargas e Ele me deu descanso.

A vida não tem sido fácil desde então, mas tem sido maravilhosa. E a maneira como Deus tem guiado e provido nossas necessidades tem sido muito além do que eu jamais poderia esperar. Não trocaria esta nova vida por nada. Agora tenho a paz que, nem educação, nem bens, nem laços poderia me dar. As possessões podem desaparecer do dia para a noite, mas esta paz permanece.

Não contei para você a história toda, mas só compartilhei um pouco do que aconteceu a um garoto Yiddish a quem o Senhor deu a vida eterna. E eu sou grato a Ele por isto. Se você, que está lendo este texto, ainda não tiver encontrado o Messias e crido nEle, você tem perdido completamente o significado de ser um judeu e perdido o total propósito de vida.

Convido você sinceramente, a considerar, em oração, estas e muitas outras de mais de 450 referências do TANACH que os sábios de Israel atribuíram à Pessoa do Messias. Quando você buscar nas Escrituras, com um coração aberto e uma mente aberta, você também irá encontrar a paz de Deus que excede a todo entendimento.

 

Martin Wolf